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Milhões de pessoas se reuniram nas ruas de pequenas e grandes cidades de todo o país, bem como em cidades ao redor do mundo, como Miami, Nova York e Dublin. Em resposta, a presidente brasileira, Dilma Rousseff, prometeu -de novo- um pacote anti-corrupção que será apresentado no Congresso nos próximos dias. O anúncio foi feito depois de uma reunião entre a presidente e vários de seus ministros para analisar o impacto das manifestações, conforme relatado pela mídia durante o fim de semana. Seguindo a mesma linha, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, descreveu os protestos como “democráticos”, enquanto ressaltou que “o governo está atento e disposto a ouvir as vozes da rua.” “Não pode existir democracia sem diálogo, sem tolerância de posições divergentes”, acrescentou. Enquanto isso, o chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, tomou uma posição diferente, afirmando que os protestos foram organizados por seguidores do opositor Aécio Neves. As marchas, convocadas por meio de redes sociais aconteceram pacificamente e os participantes vestiram as cores da bandeira brasileira. O lema mais difundida é a ‘Fora Dilma’, mas as pessoas também carregavam faixas pedindo uma “intervenção militar”. O principal evento ocorreu em São Paulo, onde um milhão de pessoas marcharam na Avenida Paulista. Entre aqueles que marcharam em São Paulo esteve o ex-jogador de futebol Ronaldo, que antes da Copa do Mundo disse que os gastos do governo em estádios de futebol era mais importante do que o gasto social. Ronaldo apareceu em público vestindo uma camiseta que dizia: “Não me culpe, eu votei por Aécio”. A maioria dos organizadores pedem impeachment contra a presidente, argumentando que ela era parte da suposta corrupção do governo liderado pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Alguns membros deste partido foram incluídos em uma lista de suspeitos no escândalo de desvio de fundos da companhia estatal Petrobras. Em Brasília, cerca de meio milhão de pessoas se reuniram na Esplanada dos Ministérios e em frente ao Congresso Nacional, conforme relatado pela Polícia Militar, que mobilizou 1.600 soldados. Estas tropas depois usaram granadas de gás para dispersar à força os manifestantes que se reuniram pacificamente em torno dos edifícios governamentais. Na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, mais de 1,5 milhões de pessoas protestaram ao longo da praia, segundo a Polícia Militar. Não mais promessas vazias Há uma abundância de prova nas ruas que os brasileiros já não confiam na sua presidente ou seu sistema de governo. No saguão de estação de metrô Faria Lima, em São Paulo, ao lado da janela do trem, uma senhora de uns 50 anos vestia a camisa amarela da seleção brasileira. Ela estava indo para a Avenida Paulista. “Dilma mentiu para nós. Ela pintou um país que não existe na televisão. Ela disse uma coisa na campanha, e agora faz outra. Aumenta os impostos, aumenta o preço da eletricidade e a educação é muito ruim, o transporte e tudo mais. Gostaria a viver no país que ela descreve “. Mais tarde, ela explica que não pede seu impeachment, mas que ela “pare de mentir para as pessoas.” Logo depois ela juntou-se aos manifestantes que estavam indo para a Avenida Paulista, no coração de São Paulo. Manifestantes que se aglomeravam domingo na principal avenida de São Paulo pertencem às classes médias instruídas e melhor preparadas e informadas. São médicos, professores, administradores, vendedores, empresários, advogados, empresários e estudantes, e outros que não aceitam as explicações dúbias dadas por Dilma. “Em um discurso no domingo passado Rousseff disse que a culpa da crise é dos outros países, em vez de aceitar a sua responsabilidade em relação à corrupção e disse que ela tinha que fazer cortes que ela não mencionou durante sua campanha. Ela acha que somos tolos. Mas não mais”, disse um homem de meia idade na Avenida Paulista. A polarização extrema no Brasil tem sido agravada pelo mau desempenho econômico e as alegações de corrupção que circulam em torno à Petrobras, a maior empresa pública do país que cuja corrupção começou desde a época de Lula. Ao mesmo tempo, a instabilidade política afeta diretamente os mercados, os quais não confiam em um país onde o governo é cercado pela desconfiança, e onde a economia está se afundando cada vez mais em uma crise incontrolável. More news from The Real Agenda:
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