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Políticos Corruptos no Brasil são Exonerados pelos seus Cúmplices
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Comissão exonera Lula e Dilma no caso de corrupção da Petrobrás. Hoje a máfia que governa Brasil acordou dando gargalhada do povo que achava que o país ainda tinha futuro. A máfia não pode parar de rir com as pessoas que pensavam que os políticos do PT e do PMDB fariam justiça no escândalo Petrobras. De acordo com o relatório da Comissão do Congresso, não há corrupção institucionalizada na Petrobras e Lula e Dilma não tiveram nada a ver com o roubo na empresa estatal. O Petista que escreveu o relatório disse que a Petrobras foi vítima de um “cartel” de empresas e alguns funcionários corruptos. Depois que o escândalo da Petrobrás vazou nos meios de comunicação locais, aqueles que são capazes de ver além das manchetes e da retórica política se perguntaram por quanto tempo os brasileiros iriam tolerar o nível de corrupção e o descaso da moralidade por parte de seus políticos. Hoje, parece que a tolerância do Brasil para a corrupção é mais forte do que eu pensava. Na verdade, não é incomum ouvir pessoas explicando que a corrupção no governo é nada menos do que um reflexo da própria sociedade brasileira. Quando parecia improvável que a corrupção piorasse, esta manhã soubemos que tanto Dilma Rousseff quanto Luiz Inácio Lula da Silva foram exonerados de qualquer delito no escândalo de corrupção da Petrobrás. A decisão não deveria ser uma surpresa, uma vez que a comissão do Congresso foi nomeada por figuras políticas com a única intenção de salvar os membros do mais alto escalão político no Brasil. A Comissão Parlamentar estabelecida na Câmara dos Deputados para investigar o escândalo da companhia petrolífera estatal Petrobras teve o seu roteiro definido desde o início: manter os 49 políticos brasileiros sendo investigados pelo Ministério Público a salvo de todas as acusações. O comissão, um instrumento legislativo, é controlado justamente pelas partes mencionadas no esquema de corrupção. A comissão cumpriu sua missão na segunda-feira depois de publicar seu relatório final onde nenhum dos principais atores do desastre: o atual presidente, seu antecessor Lula da Silva, a presidente da Petrobrás Graça Foster e José Sérgio Gabrielli foram implicados. Mas é ainda pior. Além de não citar Dilma, Lula, Foster ou Gabrielli, a Comissão nem sequer mencionou os nomes dos parlamentares citados pela acusação que já estavam sob investigação. “A tese de que a corrupção era institucionalizada na Petrobrás é questionável. Esta hipótese é injusta quando existem milhares de funcionários “, defendeu o deputado do Partido dos Trabalhadores Luiz Sergio, autor do relatório. A comissão conclui que a Petrobrás foi vítima de um “cartel” formado pelos chefes de seus principais empreiteiros” com a cumplicidade de alguns funcionários da empresa”. Há alguns meses, um confiante Eduardo Cunha, o controverso presidente da Câmara dos Deputados e figura chave na crise política, decidiu comparecer perante à comissão para uma declaração espontânea aos seus colegas. Nesta declaração, ele afirmou que não tinha contas bancárias no exterior. Algumas semanas depois, o governo da Suíça apresentou provas de que Cunha tinha, sim, contas bancárias naquele país e que continham 5 milhões de euros. Cunha mentiu à comissão parlamentar em rede nacional e nada conteceu. O Procurador Geral da República mostrou várias contas bancárias suíças abertas por Cunha em nome de sua esposa e filha que movimentaram, aproximadamente, 24 milhões de reais. Esse dinheiro, de acordo com a acusação, vem de subornos de empresas que ganharam contratos lucrativos com a Petrobrás. Foi com base nesta mentira que 50 deputados apresentaram um pedido para abrir uma investigação contra Cunha. Mentir em uma declaração pública, de acordo com as regras da legislatura brasileira, é considerado uma violação do decoro parlamentar. Na próxima quinta-feira, a Câmara votará o relatório apresentado pela comissão, mas todos os holofotes estão voltados para Cunha. Ele provavelmente sabe mais do que ele diz que sabe sobre o escândalo da Petrobrãs e, se pressionado por seu envolvimento no assunto, pode fornecer informação fundamental para tornar o relatório da comissão uma farsa política inútil. Na segunda-feira, Cunha afirmou que não vai renunciar e que ainda tem o poder de abrir o processo de impeachment parlamentar contra Dilma Rousseff. A oposição ainda não perdeu a esperança de que ele irá fazê-lo, mas seria ingênuo de nossa parte esperarmos que isso aconteça. Tanto Cunha quanto a administração de Rousseff estão jogando o mesmo jogo: Se você cuidar de mim, eu cuidarei de você. Um exemplo de como o Brasil funciona e sempre funcionou. Essa é a magia do jeitinho brasileiro. Você já viu membros da máfia incriminarem a si mesmos? Você já leu confissões de membros da máfia aceitando a culpa por seus crimes? Como é que as pessoas no Brasil ainda esperam que os seus mafiosos assumam seus crimes?
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