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“Uma nação de “cordeirinhos” resultará em um governo de lobos”, disse certa vez Edward R. Murrow. Hoje, a França se assemelha a essa nação. Enquanto o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, trabalha arduamente para instigar o medo no povo francês, o seu presidente, François Hollande, implora por mais poder para o Estado. A promoção do medo atingiu o seu objetivo. A Assembléia Nacional Francesa concordou, quase por unanimidade, em prorrogar o estado de emergência até 26 de fevereiro e expandir os poderes da polícia. 6 votos contra e 551 a favor refletiu a ausência de debate em uma sociedade que tem suas liberdades perdidas e cujo povo rejeita o Islamismo radical mas aceita um governo radical. O sentimento de insegurança impulsiona medidas extraordinárias e é por isso que, tanto Hollande quanto Valls têm “jogado a carta do medo” desde os ataques da última sexta-feira. “Foi um procedimento de emergência”, dizem aqueles que são a favor do radicalismo do governo. O principal partido de oposição, os republicanos de Nicolas Sarkozy, não fez muita oposição ao Estado de Polícia. Eles, na verdade, queriam medidas mais restritivas, mas aceitaram a proposta socialista. “Vamos votar a favor. Precisamos agir rápido “, disse o conservador Eric Ciotti. O partido ambientalista aprovou a lei com um pouco de desconfiança e seus membros anunciaram: “Vamos estar vigilantes”. “Estas medidas devem ser excepcionais, transitórias. Vamos votar a favor, embora haverá três votos contra no nosso grupo “, disse o ambientalista François de Rugy. Um dos que votou contra foi Noël Mamère, uma das poucas vozes críticas na sessão de quinta-feira, onde ele disse que a velocidade com a qual eles têm tomado medidas de segurança são parte de um “desvio” na política francesa, com muitas leis promovidas através da “emoção” e que são rapidamente aprovadas antes de serem devidamente examinadas. Os outros três votos contra as novas medidas vieram do grupo Socialista de esquerda que, também, foram críticos da política econômica do primeiro-ministro Manuel Valls. A votação maciça a favor, que foi sancionada pelo Senado, permite ao governo estender o estado de emergência por três meses até 26 de fevereiro de 2016. A medida mais importante da nova legislação é a atribuição de residência. Destina-se a legalizar o confinamento de um suspeito de terrorismo em uma casa em um bairro. Os suspeitos confinados podem ser mantidos incomunicáveis. Durante o debate, no entanto, o próprio governo introduziu medidas coercivas importantes: se o suspeito tem uma condenação prévia por terrorismo, ele pode ter que usar uma pulseira electrónica. Um alarme irá alertar a polícia se o indivíduo sair do perímetro geográfico que tenha sido imposto pelo ministro do interior. A pedido do governo, os deputados aprovaram a possibilidade de copiar dados de computador no curso de uma investigação sem um mandado judicial e dissolver grupos que defendem o terrorismo, o que se aplica, particularmente, à gestão de mesquitas radicais. A Assembléia adicionou uma pequena alteração legislativa que irá bloquear imediatamente sites que promovam o terrorismo. No entanto, não se sabe quais os critérios para designar um site como um promotor do terrorismo ou qual conteúdo será considerado como instigador do terrorismo. Um País de “Cordeirinhos” A França é, hoje, uma outra França; com mais medo e mais disposta a entregar as suas liberdades. “Enfrentamos um inimigo disposto a usar qualquer falha do Estado”, advertiu o deputado centrista Jean-Christophe Lagarde. Antes do desfecho, Valls relatou a morte de Abdelhamid Abaaoud e felicitou a polícia. O clima era perfeito para aprovar nova legislação esmagadoramente. Paralelo ao debate parlamentar, a Direção-Geral da Polícia Nacional ( DGPN) decidiu autorizar agentes da polícia a portar armas, mesmo não estão trabalhando. O Presidente François Hollande quer que a polícia municipal também ande armada quando em serviço. Até agora, a polícia nacional só podia usar armas dentro da área de patrulhamento. “Nós queremos ser capazes de usar armas durante as idas e vindas diárias da casa para o trabalho”, explicou Christophe Dumont, da Segurança Nacional Francesa. Com as novas orientações, os agentes estão autorizados a transportar as suas armas em qualquer lugar do país, mesmo que não estejam trabalhando ou de férias. O diretor da DGPN vai se reunir com os sindicatos para definir novas medidas, talvez permanentes em relação a este novo critério. Além disso, a prefeitura ampliou até domingo a proibição de organizar manifestações. O Governo decidiu, também, privar indefinidamente a Cúpula do Clima, que começa em Paris em 30 de novembro, de suas atividades paralelas. A grande marcha planejada pelo centro da cidade, no domingo 29, também foi cancelada. O Poder Ilimitado da “Carta do Medo” Sem citar nenhuma prova conclusiva, o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, advertiu, ontem, sobre a possibilidade do país se tornar uma vítima de um ataque químico ou bacteriológico. “Não podemos excluir nada. Digo isto com precaução, mas estamos em risco de ataques químicos e biológicos “, disse Valls no início de um debate parlamentar que aprovou as novas medidas anti-terrorismo. As palavras perturbadoras de Valls não são uma novidade. O governo considerou esta possibilidade antes da Cúpula do Clima e no sábado, um dia depois dos ataques, o departamento de saúde publicou um decreto para permitir a compra de uma enorme quantidade de medicamentos que funcionam como um antídoto para alguns venenos, especialmente contra o gás sarin. Em apenas uma semana, após os ataques de Paris, a França impôs fortes limitações à liberdade de expressão, liberdade de movimento e fortaleceu, […]
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