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Rothbard contra a síntese marshalliana

Thursday, August 6, 2015 16:19
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(Before It's News)

Murray Rothbard rejeitou fortemente essa tentativa marshalliana de sintetizar as inovações marginalistas com o legado de David Ricardo. Com isso, rejeitava a tentativa de sintetizar o trabalho e a espera como elementos do “custo real”. Para entender por quê, devemos começar com a distinção de Rothbard entre a avaliação de ações ex ante e ex post. Ao julgá-las ex ante, o agente determina qual curso de ação futuro provavelmente maximizará sua utilidade. Um julgamento ex post, por outro lado, é uma avaliação dos resultados de ações passadas. Rothbard negava que os “custos irrecuperáveis” poderiam conferir valor: “custos incorridos no passado não podem conferir qualquer valor (…) presente“. [88] “É evidente que (…) tendo sido feito o produto, o ‘custo’ não tem qualquer influência sobre seu preço. Custos passados, efêmeros, são irrelevantes para a determinação presente dos preços.” [89]

Contra a doutrina da economia política clássica de que o “custo determina o preço“, que “deveria ser a lei da determinação dos preços ‘no longo prazo’”, ele argumentava que “a verdade é o exato contrário”:

O preço do produto final é determinado pelas avaliações e demandas dos consumidores e esse preço determina qual será o custo. A remuneração aos fatores de produção resulta das vendas ao consumidor e não os determina por antecipação. Os custos de produção, portanto, estão à mercê do preço final e não o contrário. [90]

De fato, uma doutrina revolucionária! Em uma análise mais cuidadosa, contudo, não parece ser tão revolucionária assim. O Marshall e o Ricardo a quem Rothbard se opunha tão dramaticamente não passavam de caricaturas. Suas formulações do princípio do custo não era tão grosseiramente metafísica quanto a afirmação de que “o preço do produto final é determinado pelos ‘custos de produção’” [91] (Rothbard foi, porém, mais caridoso do que Böhm-Bawerk, que se sentiu impelido a negar que havia poder “em qualquer elemento da produção para conferir valor imediatamente ou necessariamente ao seu produto” [92])

É preciso admitir, também, que Rothbard tentou ser um pouco justo, fazendo uma descrição um pouco menos cartunesca das “tesouras” marshallianas:

Marshall tentou reabilitar a teoria do custo de produção dos clássicos pela concessão de que, no “curto prazo”, no mercado presente, a demanda dos consumidores controla o preço. No longo prazo, porém, entre bens reprodutíveis importantes, o custo de produção é determinante. De acordo com Marshall, tanto a utilidade quanto os custos monetários determina o preço, como lâminas de uma tesoura, onde uma lâmina é mais importante no curto prazo e a outra no longo prazo.

Contudo, Rothbard imediatamente começou a destruir a doutrina de Marshall — ou melhor, uma caricatura dela. Em seu espantalho de Marshall, em uma interpretação moderna dos realistas escolásticos da Idade Média, o “longo prazo” era um fenômeno com existência concreta:

A análise Marshall sofre de um defeito metodológico grave — de fato, de quase todas as confusões metodológicas em relação ao “curto prazo” e ao “longo prazo”. Ele considera que o “longo prazo” é algo que de fato existe, como o elemento permanente, persistente e observável sob o variável e essencialmente desimportante fluxo do valor de mercado. (…)

A concepção de Marshall acerca do longo prazo é completamente falaciosa e elimina toda a base de sua estrutura teórica. O longo prazo, por sua própria natureza, jamais existe e jamais pode existir.

Para analisar as forças determinantes em um mundo em mudança, [o economista] deve construir um mundo hipotético de não-mudança [i.e., a economia em rotação uniforme]. Isso é muito diferente de (…) afirmar que o longo prazo existe ou que ele é, de alguma maneira, mais permanente ou existente que os dados reais do mercado (…). O fato de que o custo se iguala ao preço no “longo prazo” não significa que os custos de fato se igualarão aos preços, mas que a tendência existe e que ela é continuamente perturbada na realidade pelas variações dos dados de mercado apontados por Marshall. [93]

(Nós já vimos, por sinal, que o longo prazo de Marshall não é equivalente ao mundo estacionário hipotético dos austríacos, da economia em rotação uniforme, mas ao “equilíbrio final” austríaco, ao qual a economia tende, mas nunca atinge.)

Compare a versão de Marshall descrita por Rothbard ao que o próprio Marshall disse, como já o citamos anteriormente:

Na vida real, contudo, essas oscilações raramente são tão rítmicas quanto as de uma pedra pendurada livremente a uma corda; a comparação seria mais precisa se a corda estivesse posicionada sobre um córrego cujas correntes pudessem fluir livremente a um dado momento e fossem parcialmente cortadas no seguinte. (…) Pois, de fato, a demanda e a oferta não permanecem inertes por muito tempo juntas, mas estão em mudança constante e todas as suas mudanças alteram a quantidade de equilíbrio e o preço de equilíbrio, dando novas posições aos centros em torno dos quais a quantidade e o preço tendem a oscilar. [94]

Há uma tendência constante em direção a uma posição de equilíbrio normal, no qual a oferta de cada um desses agentes [i.e., fatores de produção] estará posicionada em relação à demanda por seus serviços de forma a prover o ofertante uma recompensa suficiente por seus esforços e sacrifícios. Se as condições econômicas do país permanecessem imóveis durante tempo suficiente, essa tendência se realizaria em um ajuste da oferta à demanda em que tanto máquinas quanto seres humanos seriam remunerados de acordo com o seu custo de manutenção e treinamento. (…) Na realidade, as condições econômicas do país estão em constante mudança e o ponto de ajuste da oferta e da demanda normais em relação ao trabalho é constantemente deslocado. [95]

Mais importante do que o desvio da maioria dos preços de seu valor normal a um dado momento é o fato de que eles tendem a esse valor ao longo do tempo se não forem perturbados por privilégios monopolísticos. Como Schumpeter escreveu, embora haja sempre uma taxa média positiva de lucros “é suficiente que (…) o lucro de cada fábrica individualmente seja incessantemente ameaçado pela competição real ou potencial de novas mercadorias ou métodos de produção que, cedo ou tarde, o transformam em prejuízo”. A trajetória do preço de qualquer bem de capital ou de consumo, sob a influência da competição, será em direção ao custo: “pois nenhuma combinação de bens de capital permanece como fonte de ganhos excedentes para sempre”. [96] Ou, nas palavras de Tucker, “a competição [é] o maior nivelador dos preços ao custo do trabalho de produzir”. [97]

Ignorando por ora as caricaturas de Rothbard sobre as opiniões de Marshall (i.e., sua suposta opinião de que o longo prazo de fato existe, da mesma forma que um modelo estático como a economia em rotação uniforme), nós vemos que Marshall de fato afirmou algo bastante parecido com o que Rothbard disse: o preço dos bens reprodutíveis tende ao custo de produção. O preço de equilíbrio e o “longo prazo”, como “equilíbrio final” austríaco, não são vistos como termos conceitualmente realistas, enquanto coisas de fato existentes. Ao contrário, são construções teóricas que tornam os fenômenos do mundo real mais compreensíveis. A pose austríaca de ceticismo radical quando é ideologicamente conveniente efetivamente pria os economistas da capacidade de fazer generalizações úteis sobre as regularidades observáveis dos fenômenos no mundo real.

O problema com a crítica de Rothbard a Marshall é que ela poderia ser aplicável com igual justiça ao próprio Rothbard. Por exemplo, Rothbard admitiu que o custo de produção pode ter um efeito indireto sobre o preço, através de seu efeito sobre a oferta. Em sua discussão sobre a distinção entre julgamentos ex ante e ex post que citamos acima, ele também afirmava que é “claro que os julgamentos ex post [do agente] são úteis para ele principalmente na avaliação de suas considerações ex ante para ações futuras”. [98] E logo depois da afirmação citada acima de que “o custo não tem qualquer influência sobre o preço do produto”, ele continuava:

Que os custos tenham uma influência sobre a produção não é algo negado por ninguém. Contudo, a influência não se dá diretamente sobre o preço, mas sobre a quantidade produzida ou, mais especificamente, sobre o grau ao qual os fatores de produção serão usados (…). A posição dos custos nas escalas de valores individuais, portanto, é um dos determinantes da quantidade, do estoque, que será produzido. Esse estoque, evidentemente, desempenha um papel mais tarde na determinação dos preços de mercado. Isso, porém, é muito diferente de afirmar que o custo determina ou que age em coordenação com a utilidade na determinação do preço. [99]

Foi quase exatamente assim, porém, que o próprio Marshall explicou o funcionamento do princípio do custo, exaustivamente, em sua discussão da crítica de Jevons a Ricardo, no apêndice I de seu Principles of Economics. De fato, pode-se encontrar muitas passagens nesse livro nas quais Marshall descreve a influência do custo sobre o preço através da oferta, em termos quase idênticos aos usados por Rothbard acima. Marshall não alegava que o preço de um bem presente específico era misticamente “determinado” pelo seu custo de produção passado. Ele alegava que os preços, ao longo do tempo, tendiam ao custo de produção através das decisões dos produtores devido às decisões dos produtores sobre se os preços de mercado justificam a produção futura.

E os austríacos anexaram algumas concessões às suas afirmações mais radicais de que a utilidade determina o valor e que o preço final determina o custo de produção. Böhm-Bawerk, em seu The Positive Theory of Capital, escreveu que o valor era determinado pela “importância do desejo concreto (…) que é menos urgente entre os desejos atendidos pelos estoques disponíveis de bens similares” (ênfase nossa). [100] Rothbard escreveu que “[o] o preço de um bem é determinado por seu estoque total em existência e por sua demanda no mercado” (ênfase nossa). [101] Da mesma forma: “No mundo real dos preços de mercado imediatos, é óbvio que os preços são somente determinados por valorações do estoque — pelas ‘utilidades’ — e não pelo custo monetário (…). [A] maioria dos economistas reconhece que, no mundo real (no chamado curto prazo), os custos não são capazes de determinar o preço (…)” (ênfase nossa). [102] Isso é muito parecido, na prática, com o entendimento de Marshall sobre a predominância da lâmina da utilidade da tesoura no “curto prazo”. A diferença, como observamos acima, é que Rothbard denunciava a própria ideia de um longo prazo como se fosse absurda.

As qualificações de Rothbard a respeito do princípio da utilidade sugerem uma fraqueza na teoria subjetiva do valor à qual nós recorrentemente apontamos nas seções anteriores: ele só pode ser interpretado literalmente se ignorarmos o aspecto dinâmico da oferta, tratando o equilíbrio entre a demanda e os estoques existentes a qualquer momento sem se preocupar com o fator tempo.

Isso vale tanto para a teoria do valor utilidade austríaca, que presume estoques fixos no momento da troca, quanto para a sua teoria de imputação dos preços dos fatores de produção, que também presume um estoque fixo de bens de ordem mais alta. Como Dobb os criticava:

Se a situação for tratada em termos de bens de capital concretos (ignorando o genus do “capital” como um fator supostamente escasso), então, se os bens são reprodutíveis, não há qualquer razão para a existência de uma taxa de lucro positiva em condições estritamente estáticas. Se todos os inputs além do trabalho são produzidos, de onde surge a “escassez” específica que dá origem ao lucro? Se as premissas de um equilíbrio totalmente estático forem adotadas coerentemente, então a produção no setor de bens de capital da economia tenderá a aumentar até que a produção de bens esteja adaptada à necessidade deles (…). Com a oferta integralmente adaptada à demanda para propósitos de substituição, não há qualquer espaço para que os preços estejam acima dos custos de substituição (ou depreciação). [103]

Dobb também criticava a premissa austríaca de que há “ofertas dadas de vários fatores, com a consequente determinação de todos os preços através da demanda”. [104] Mais tarde, no mesmo trabalho, Dobb observava quão artificiais pareciam as teorias baseadas inteiramente no equilíbrio de curto prazo da oferta e da demanda:

[Para] fazer tais afirmações, vários fatores devem ser tomados como dados (como — para citar um caso extremo — em todas as afirmações sobre situações de “curto período” ou “semi-curto período” marshalliano): os dados são variáveis dependentes em um níveis mais profundo de análise. (…)

Uma maneira de ilustrar o que se pretende dizer quando falamos de contextos nos quais relações de troca determinadas pela demanda são aplicáveis podem ser os seguintes. Podemos supor que todos os insumos produtivos sejam objetos naturais disponíveis a qualquer dado momento em determinadas quantidades naturais [e.g., os meteoritos de Marshall] (…). Nesse caso, evidentemente, o processo de produção, como considerado normalmente (…), não existiria (…).

Pelo contrário, se a atividade humana desempenhar um grande papel no processo produtivo e insumos reprodutíveis substituírem objetos naturais escassos, a essência do problema econômico se torna diferente. (…)

Porém, se uma maneira formal de determinação em termos de relações de escassez (…) puder ser construída e puder passar alguma informação em uma situação de meios ou insumos naturalmente determinados, por que isso não pode ocorrer também em situações análogas onde quaisquer conjuntos de n meios ou insumos, embora não dependentes de limitações naturais, sejam necessariamente determinados em suas ofertas de alguma maneira? (…) De fato, isso é possível, mas (…) sujeito à condição restritiva de que o conjunto de n meios ou insumos seja dado. Essa é uma grande restrição. Ela exclui de qualquer consideração as situações em que essas ofertas provavelmente mudariam (i.e. mudariam como efeito “resposta” sobre seus preços) e uma análise dessa natureza não pode nos informar por que e como essas mudanças ocorrem e quais são seus efeitos — por esse motivo nos referimos às situações a que essa teoria se aplica como “situações de semi-curto período”. [105]

Em Political Economy and Capitalism, Dobb criticava de maneira parecida a premissa austríaca de que, “dado um conjunto de condições, a oferta dos fatores produtivos últimos é fixa”. [106] Ele qualificava sua afirmação em uma nota de rodapé, acrescentando que, “[estritamente] falando, os austríacos não presumiram, precisaram presumir, que a oferta dos fatores básicos de produção era imutável, mas meramente que a quantidade deles era determinada por condições externas ao mercado, podendo assim ser tratada como independente”. [107] No entanto, o efeito prático era de que, “[sendo] limitadas por uma escassez (momentaneamente) inalterável, esses fatores, como qualquer outra mercadoria, teriam um preço igual ao serviço marginal que pudessem desempenhar na produção: esses preços formam os elementos constituintes do custo”. [108] Isso requeria a deliberada separação da “teoria do valor” dos fatores de produção de seus custos ou de quaisquer “características que afetam a oferta”. [109]

Adicionalmente, a teoria austríaca de precificação dos fatores de produção é, em certo sentido, uma elaborada tentativa de fugir da questão central. A afirmação de que os fatores são precificados de acordo com sua produtividade marginal é apenas outra maneira de dizer que o preço se baseia na capitalização dos lucros e rendas esperados. Porém, a proporção de lucros e rendas são exatamente os pontos de disputa entre as versões austríaca e mutualista do livre mercado.

Como James Buchanan observava, a teoria subjetiva era uma forma de aplicar a teoria do valor clássica a bens cuja oferta era fixa para todos os bens, reprodutíveis ou não.

O desenvolvimento de uma teoria geral das trocas se tornou uma preocupação central. A análise clássica foi rejeitada porque continha dois modelos separados: um para bens reprodutíveis, outro para bens cuja oferta era fixa. A solução era avançar a generalidade do modelo simples de valor de troca que os autores clássicos reservavam para a segunda categoria. O valor de troca é, em todos os casos, afirmavam os teóricos marginalistas, determinados pela utilidade marginal, pela demanda. No momento da troca no mercado, todas as ofertas são fixas. Assim, os valores ou preços relativos são estipulados exclusivamente pelas utilidades marginais relativas. [110]

Marshall acreditava, por sinal, que o custo de produção influenciava a demanda, mesmo no curto prazo, através das expectativas futuras dos compradores de mudanças em preço com o aumento da produção. Para um caso similar dos efeitos das espectativas sobre o preço da demanda, não precisamos ir mais longe do que os bens eletrônicos. Quantas pessoas já adiaram a compra de um DVD player na expectativa de que eles passassem a ser mais baratos em um ou dois anos?

Para os austríacos, por definição, “valor” é idêntico ao preço de mercado a qualquer dado momento. O “preço futuro” de fato está sujeito a mudanças, através das reações dos produtores ao preço presente; porém, introduzir um “preço de equilíbrio” como conceito útil ou afirmar que existe uma relação entre o preço de equilíbrio e o custo é anátema. Construtos teóricos são ótimos e válidos — somente para austríacos.

A doutrina austríaca de que a utilidade determina o preço, se interpretada literalmente, é um total absurdo. A doutrina é verdadeira somente com suas qualificações complementares: que o valor é determinado sem consideração pelo longo prazo, mas somente pelos estoques de ofertas em relação à demanda do mecado a qualquer dado momento. Essas qualificações, combinadas com a admissão de Rothbard de que o custo de produção indiretamente afeta o preço através de seus efeitos sobre a oferta, levam a essência da teoria de Rothbard para muito perto da de Marshall.

A caricatura de Marshall feita por Rothbard tem paralelo com o espantalho da economia política clássica que Jevons se congratulava por ter desmantelado há mais de um século. A análise de Marshall da crítica de Jevons a Ricardo, que vimos anteriormente, poderia ser voltada a Rothbard com efeitos similares: se considerarmos as teorias de Marshall em vez da paródia rothbardiana, fica aparente que as duas são muito mais próximas em substância do que Rothbard admitiria. Contudo, se considerarmos as teorias tanto de Marshall quanto de Rothbard como descritas por seus oponentes — como a simples assertiva de que o custo “determina” o preço ou de que a utilidade “determina” o preço –, a verdade estará muito mais próxima da primeira do que da segunda.

Ao levarmos em consideração as mudanças na oferta em resposta a mudanças da demanda, terminamos com um modelo no qual a oferta de bens se ajusta à demanda até que o preço marginal se iguala ao custo marginal e onde a oferta de fatores de produção, quando elástica, aumenta até que os preços dos fatores reflitam o custo de provê-los. Em outras palavras, exatamente aquilo que Ricardo e o resto da escola clássica afirmavam.

As doutrinas subjetivas da utilidade e da imputação de preços, como vimos, são verdadeiras até certo ponto, mas dependem de interpretações fora do comum de suas premissas e de qualificações a seus conceitos que as tornam irrelevantes aos problemas tradicionais da economia política. Talvez seja esse mesmo o intuito.

Referências:

88. Rothbard, Murray. Man, Economy, and State: A Treatise on Economic Principles. Princeton, N.J.: D. Van Nostrand Company, 1962, p. 239.
89. Idem, p. 292.
90. Idem, pp. 302-303.
91. Idem, p. 304.
92. Böhm-Bawerk. Eugen von. Capital and Interest. New York City, NY: McMillan, 1890, p. 140.
93. Rothbard, Murray. 1962, p. 305.
94. Alfred Marshall. Principles of Economics: An Introductory Volume. 8ª ed. Nova York: The MacMillan Company, 1948, pp. 346-347.
95. Idem, p. 577.
96. Schumpeter, Joseph. Ten Great Economists From Marx to Keynes. New York: Oxford University Press, 1965, pp. 40-41.
97. Tucker, Benjamin. “Does Competition Mean War?” in: Instead of a Book, by a Man too Busy to Write One. Boston, MA: Adamant Media, 2000, p. 405.
98. Rothbard, Murray. 1962,
99. Idem, p. 292.
100. Böhm-Bawerk, Eugen von. The Positive Theory of Capital. New York City, NY: G.E. Stechert, 1930, p. 148.
101. Murray Rothbard. Power and Market: Government and the Economy (Kansas City: Sheed Andrews and Mcmeel, Inc., 1970, 1977) 88-9.
102. Rothbard, Man, Economy, and State 303.
103. Dobb, Maurice. Theories of Value and Distribution. Cambridge: University of Cambridge, 1973, pp. 205-206.
104. Idem, p. 114.
105. Idem, pp. 179-182.
106. Dobb, Maurice. Political Economy and Capitalism: Some Essays in Economic Tradition. Londres: Routledge and Sons, p. 160.
107. Idem, p. 160.
108. Idem, p. 160.
109. Idem, p. 140.
110. Buchanan, James. Cost and Choice: An Inquiry in Economic Theory. Collected Works, vol. 6. Indianapolis: Liberty Fund, 1999, p. 9.

Traduzido por Erick Vasconcelos.

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Source: https://c4ss.org/content/39562

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