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By Luis Miranda, The Real Agenda
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A Nova Ordem Mediática Mundial

Thursday, March 9, 2017 7:03
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Em alguns meses, o conteúdo dos média nacionais e internacionais mudou profundamente no Ocidente. Assistimos ao nascimento de uma Entente da qual não conhecemos nem os verdadeiros iniciadores, nem os objetivos reais, mas de que observamos de imediato as consequências diretas contra a democracia. Ocidente atravessa uma crise sistémica sem precedentes: forças poderosas orientam progressivamente a totalidade da mídia numa única direção. Simultaneamente, o conteúdo transforma-se: ainda no ano passado, eles agiam com lógica e tendiam à objetividade. Traziam pontos de vista diferentes dentro de uma sã emulação. Agora, agem como bandos, baseiam a sua coerência em emoções e tornam-se maldosos contra aos indivíduos que denunciam. A ideia de uma Entente da mídia é o prolongamento da experiência do International Consortium for Investigative Journalism ou Consórcio Internacional para o Jornalismo de Investigação (ICIJ), o qual não associa meios de comunicação, mas unicamente jornalistas a título individual. Ele tornou-se célebre ao publicar informações roubadas das contabilidades de dois escritórios de advogados das Ilhas Virgens Britânicas, do escritório da PricewaterhouseCoopers (PwC), do Banco HSBC, e do escritório panamenho Mossack Fonseca. Estas revelações foram sobretudo utilizadas para desacreditar dirigentes chineses e russos, mas também, por vezes, para salientar delitos reais cometidos por Ocidentais. Acima de tudo, com o louvável pretexto da luta contra a corrupção, a violação do sigilo dos advogados e dos bancos desferiu um pesado prejuízo a milhares dos seus clientes honestos sem nenhuma reação das opiniões públicas. Desde há uns quarenta anos, assiste-se a um agrupamento progressivo dos média no seio de grupos internacionais. Atualmente, 14 grupos possuem mais de dois terços da imprensa ocidental (21st Century Fox, Bertelsmann, CBS Corporation, Comcast, Hearst Corporation, Lagardère Group, News Corp, Organizações Globo, Sony, Televisa, The Walt Disney Company, Time Warner, Viacom, Vivendi). Agora, a aliança operada pelo Google Media Lab e a First Draft tece laços entre estes grupos que já tinham uma posição dominante. A presença nesta Entente das três principais agências de imprensa do planeta (Associated Press, Agence France-Presse, Reuters) assegura-lhe uma influência hegemónica. Trata-se sem nenhuma dúvida de uma “entente ilícita”, que não é estabelecida com um objectivo de fixação de preços, mas de fixação das mentes, de imposição de um pensamento já dominante. Pode-se observar que todos os membros —sem excepção— da Entente do Google têm já, no decurso dos seis últimos anos, dado uma visão unívoca dos acontecimentos passados no Médio-Oriente. Não havia, no entanto, alinhamento prévio entre eles, ou, pelo menos, não sabíamos de nada. É intrigante que estejam presentes nesta Entente cinco das seis televisões internacionais que participaram na célula de propaganda da OTAN (Al-Jazeera, BBC, CNN, France24, Sky, mas aparentemente não a Al-Arabiya). Nos Estados Unidos, em França e na Alemanha, o Google e First Draft reuniram a mídia local quanto à escala internacional para verificar a autenticidade de certos argumentos. Além de que se ignora quem se esconde por trás da First Draft e que interesses políticos têm puxado uma sociedade comercial especializada em informática a financiar esta iniciativa, o seu resultado não tem muito a ver com o retorno à objetividade. Primeiro porque as imputações verificadas não são escolhidas pelo lugar que têm no debate público, mas porque elas foram citadas pelos indivíduos que esta Entente quer denunciar. Pode-se crer que estas auditorias nos permitirão chegar perto da verdade, mas não é nada disso: eles confortam o cidadão com a impressão de que a mídia e honesta, enquanto as pessoas que eles denunciam não o são. Esta abordagem não visa levar a uma melhor compreensão do mundo, mas a colocar de joelhos a certas pessoas. Em seguida, porque uma regra não escrita desta Entente impõe que só se verifique as imputações de fontes exteriores à Entente, os membros não exercem um espírito crítico entre eles. Trata-se de reforçar a ideia de que o mundo se divide em dois: “nós” que dizemos a verdade, e “os outros” que são mentirosos. Esta abordagem mina o princípio do pluralismo, condição prévia à Democracia, e abre a via a uma sociedade totalitária. Não é nada de novo porque já o vimos em ação na cobertura das Primaveras Árabes e das guerras contra a Líbia e a Síria. Mas, pela primeira vez, ela é usada na corrente de pensamento ocidental. Finalmente, porque as acusações que são qualificadas como “falsas” jamais serão encaradas. trata-se de atribuir aos “os outros”, a priori, intenções maquiavélicas para os desacreditar. Esta conduta prejudica a presunção de inocência. É por isso que o funcionamento do ICIJ e o da Entente criada pelo Google e a First Draft violam a Carta de Munique adoptada pela Organização Internacional de Jornalistas (Título II, artigos 2, 4, 5 e 9). Não é indiferente que acções de justiça aberrantes contra os mesmos alvos visados pela Entente tenham sido postas em ação. Nos Estados Unidos, ressuscitou-se a lei Hogan contra a equipe Trump, quando este texto nunca, absolutamente nunca, foi aplicado desde a sua promulgação, há dois séculos. Em França, ressuscitaram a lei Jolibois contra os tweets políticos de Marine Le Pen, quando a jurisprudência tinha limitado a sua aplicação apenas à distribuição de algumas revistas ultra-pornográficos. Sendo o princípio da presunção de inocência das pessoas erradicado, é possível sujeitá-las a investigação sob qualquer pretexto legal. Além disso, as ações intentadas contra a equipe Trump e Marine Le Pen em nome de leis adormecidas deviam ser usadas contra inúmeras outras pessoas, mas não o são. Por outro lado, os cidadãos não reagem […]

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